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            Com a devida vénia transcrevo 
              duas introduções em monografias editadas  
              durante a gerência do Embaixador José Eduardo Mello Gouveia,de 
              duas 
              personalidades que me merecem todo o respeito (infelizmente o 
              Eng. 
              Nuno Krus Abecasis já não pertence ao número dos 
              vivos), porque 
              contribuiram para que a história de Portugal não ficasse 
              esquecida na Tailândia. 
               
              Ao iniciar a crónicas sobre a História de Portugal na 
              Tailândia, na página da Internet 
              “Aqui Maria”,lusa/descendente, nascida na Tailândia 
              e, minha filha,não poderia de  
              forma alguma deixar de prestar homenagem a três Homens que 
              sem o seu entusiamo  
              Portugal estaria hoje, no ano 2000, esquecida a presença no 
              antigo Reino do Sião.  
              Sao eles: 
               
              O Embaixador José Eduardo de Mello Gouveia,Eng.Nuno Krus Abe-casis,então 
               
              Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e o Dr.José Blanco 
              Administrador da  
              Fundação Calouste Gulbenkian. 
               
              Foi primordial a colaboração do Fine Arts Department da 
              Thailand,cujo salutar  
              relacionamento entre o Embaixador Melo Gouveia e as entidades governamentais 
              do  
              Governo tailandês,muito contribuiram para que hoje exista,na 
              antiga capital da  
              Tailândia, um monumento vivo que perpétua a presença 
              de Portugal na Tailândia. 
              O “Bang Portuguet” (Aldeia dos Por-tugueses),em Ayuthaya, 
              merece que todos  
              os portuguese,que viagem à Tailândia, o visitem. Prometemos 
              nas crónicas seguintes  
              ilucidar todos que nos irão,certamente, ler a melhor forma 
              de o visitar,onde será inserido 
              um mapa da localização Jose Martins 
               
              Em 1983 o Eng. Nuno Abecasis no prefácio da edição 
              em língua inglesa “Early Portuguese 
              Accounts of Thailand Antigos Relatos da Tailândia, Câmara 
              Municipal de LisboaPortugal  
              1983” escrevia: 
               
              Quando, no ano passado, uma Delegação da Câmara Municipal 
              de Lisboa visitou a 
              Tailândia, por ocasião do duplo Centenário da Cidade 
              de Ban-guecoque, tive ocasião  
              de tomar conhecimento do grande projecto que o Embaixador José 
              Mello Gouveia tinha 
              em mente e que consistia em reactivar a velha Feitoria, integrada 
              no conjunto da  
              magnífica Embaixada de Portugal, dando-lhe a finalidade de 
              servir, no futuro, como  
              grande centro Cultural Português no Sudoeste da Àsia onde, 
              a cada passo, se encontram,  
              religiosamente guardados pelas populações, pedaços 
              da presença de Portugal.  
              O próprio Embaixador já iniciara a recolha de peças, 
              nomes, documentos e até  
              conversas, que bem testemunham essa presença. 
               
              Nem eu,nem nenhum dos membros da Delegação,jamais esqueceremos 
              o 
              momento emocionante da visita ao Bairro de Santa Cruz, quando a 
              Comu-nidade  
              local nos levou junto dos Túmulos dos “padres portugueses que 
              há duzentos e  
              cinquenta anosnos trouxeram a Fé”. 
               
              Desde então me pareceu oportuno associar Lisboa, embora modestamente, 
              ao 
              projecto que estava a nascer. Foi por isso que prometi ao Embaixador 
              editar em  
              Lisboa, nas nossas oficinas gráficas, o livro que agora é 
              apresentado. Nele se fala do  
              passado longínquo e também do mais recente, documentando 
              fotográficamente os  
              diferentespassos da última visita de Suas Majestades os reis 
              da Tailândia a Lisboa, 
              felizmente os mesmos reis que ainda hoje presidem aos destinos do 
              País. 
               
              Como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,mas principalmente 
              como português, 
              desejo todas as felicidades e progressos para a Tailândia e 
              para a sua Capital e,  
              do mesmo passo,faço votos para que o novo Centro Cultural encontre 
              a sua verdadeira  
              vocação de, ao recordar e valorizar um passado que nos 
              honra, cada dia mais apertar os  
              laços culturais, sociais e conómicos entre Portugal e 
              o seu povo e todos os países e  
              povos dessa portentosa região do Sudoeste Asiático.Lisboa, 
              10 de Junho de 1983 – Dia  
              de Portugal 
               
              Em 1988 o Dr. José Blanco no prefácio da edição 
              “Portugal e a Tailândia- Fundação  
              Calouste Gulbenkian 1988”: 
               
              Em 1982 celebrou-se o bi-centenário da cidade de Bangkok que, 
              após a destruição 
              de Ayuthaya, em 1782, se tornou a capital da Tailândia.Correspondendo 
              a uma 
              sugestão do Embaixador de Portugal em Bangkok, Dr. José 
              Eduardo de Mello  
              Gouveia, a Fundação Calouste Gulbenkian editou, nessa 
              ocasião, um opúsculo  
              intitulado Thailand and Portugal, 470 years of Friendship,com a 
              colaboração de 
              historiadores portugueses e essencialmente destinada a ofertas na 
              Tailândia, 
              noutras zonas do Sudo-este Asiático e em países de língua 
              inglesa. 
               
              A obra teve total éxito que, em 1985, a Direcção 
              de Belas-Artes da Tailândia solicitou à  
              Fundação Calouste Gulbenkian autorização – desde 
              logo concedida – para publicar 
              uma versão em tailandês destinada a distribuição 
              pelas escolas do país.No dia 5 de 
              Dezembro de 1987 celebrou-se festivamente em todo o território 
              tailandês o 60.  
              aniversário natalício de Sua Majestade o Rei Bhumibol 
              Adulyadj. 
               
              Na Tailândia, a vida é contada em ciclos de 12 anos, o 
              fim de cada um dos quais  
              marca uma etapa importante no sentido de evolução e de 
              mudança. De doze em  
              doze anos a sorte pode mudar (para melhor ou para pior) e a personalidade 
              e o 
              modo de encarar a vida modificam-se: cada ciclo é como que 
              um chegar â 
              “maioridade”. O mais importante dos ciclos é, no entanto, o 
              quinto, pois entende-se  
              que, ao entrar nos sessenta anos, o homem atingiu a plena posse 
              das suas 
              faculdades. Estas,aliadas à experiência da vida, fazem 
              dele uma personalidade  
              completa. Uma brilhante série de festividades sublinhou ao 
              longo do ano de 1987  
              e, mais especialmente, no dia 5 de Dezembro, o aniversário 
              régio. 
               
              Integrado neste espírito, o Embaixador da Tailândia em 
              Lisboa, Orachum Tanaphom,  
              sugeriu à Fundação Calouste Gulbenkian a publicação 
              de uma versão do mencionado 
              opúsculo em português, a fim de dar a conhecer no nosso 
              país pormenores sobre 
              aquilo que todos os cidadãos tailandeses aprendem nos bancos 
              da escola: o 
              facto de Portugalter sido o primeiro país europeu a chegar 
              em 1511 ao então  
              chamado Reino do Sião e a estabelecercom este relações 
              permanentes. 
               
              Essas relações têm-se processado, ao longo de quase 
              quinhentos anos num clima  
              de cordialidade que não é comum na história das nações. 
               
               
              O objectivo da presente publicação é assim, mostrar 
              um aspecto da espantosa saga 
              dos Descobrimentos pouco conhecido dos Portugueses de hoje. Entre 
              os textos 
              paratal efeito seleccionados destacaremos as coloridas e minuciosas 
              descrições da 
              vida no reino do Sião no século XVI,feitas por João 
              de Barros e Fernão Mendes Pinto  
              (aquiapresentado em português modernizado). 
               
              A Fundação agradece aos Professores Jonh Villiers e Luis 
              de Matos e ao Embaixador  
              Helder de Mendonça e Cunha as suas valiosas colaborações 
              e faz votos para que  
              oleitor encontre nestas breves páginas um renovado motivo de 
              interesse por uma 
              fase fascinante da vida de Portugal: a desta longa amizade com a 
              Tailândia e o seu 
              povo. José Blanco- Administrador da Fundação Calouste 
              Gulbenkiam 
              
            
            
             
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